sábado, 23 de junho de 2012

Depoimento: Cristhiane R.

(O depoimento a seguir é opinião pessoal da pessoa que fez o depoimento. O Blog não faz julgamentos dos depoimentos. Não são mencionados nomes de médicos, de laboratórios e de remédios. Não é postado o nome completo de quem faz o depoimento. As mesmas perguntas são passadas a todos que escrevem seus depoimentos)
Você e a EM
Questões:
1.     Há quanto tempo você ficou sabendo que tem EM?
Eu fiquei sabendo dia 17 de maio de 1999.

2.     Conte, um pouco, sobre como você ficou sabendo que tinha EM?
Em janeiro de 99 eu estava de férias, numa cidade do interior do RJ, descendo escadas eu torci o pé. Passei o resto das férias sem pisar direito no chão. Quando voltei pra casa em fevereiro fui piorando, costumo dizer que parecia um 'robô bêbado', andava endurecida e sem equilíbrio. Os médicos começaram a tratar como alergia ao medicamento que havia tomado para a torção. E teve início a minha saga. Depois de várias idas e vindas ao PS, uma médica achou que fosse algo neurológico. Foram mais 2 meses de idas ao hospital, pois não melhorava, os músculos ficaram fracos, eu  passei a ter visão dupla, tremor.

3.     Como você e a sua família lidaram com isso?
Nós pouco ou nada sabíamos sobre a EM. Mas eu fiquei aliviada em descobrir o que eu tinha. E fomos procurar nos informar sobre o que é a EM. A existência da ABEM me deixou muito mais tranquila.

4.     O que você diria para alguém que soube recentemente que tem a EM e se encontra com muito medo para enfrentar essa nova realidade?
Eu diria que a EM não nos impede de viver e ser felizes. Eu fiz faculdade após a EM, Aprendi a nadar após a EM. Comecei a namorar após a EM. Entre tantas outras coisas. As pesquisas estão cada vez mais avançadas e ninguém morre de EM. Então, vamos viver a vida da melhor maneira possível. Carpe Diem.

5.     O que você diria para os familiares de alguém que soube recentemente que tem a EM?
Carinho e compreensão são o que nós precisamos. E força para seguir em frente porque, às vezes, cansa. E quando andarmos alguns metros e dissermos que estamos cansados, é verdade.

6.     Hoje como você se relaciona com a EM?
As alegrias e tristezas acontecem como na vida de qualquer pessoa. Eu sofro quando termino um namoro, fico alegre ao encontrar com minhas amigas da faculdade. Talvez tenha mais alegrias, eu fico muito contente quando consigo subir facilmente a escada da minha casa, por exemplo. Superações, eu acho que temos mais chance de percebermos como o ser humano pode superar os seus limites.

7.     Como você se vê hoje, depois de ser diagnosticado com EM?
Eu hoje sou uma pessoa melhor pelas experiências e contatos que a EM me proporcionou.

8.     Fique a vontade para escrever comentários que queira fazer.
Independente do grau de dificuldade que a EM tenha te deixado NUNCA desista de ser feliz.

Cristhiane R.

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