Vou falar de algo fácil: Amar!
É tão fácil, mas as pessoas complicam tanto! Seja
nas distâncias, Ou seja nas atitudes, Ou seja na sua atividade profissional,
Ou...Ou...
Quanta complicação!
Hoje eu estava falando com uma pessoa que
começou a chorar e dizia: “Ninguém me ama!”
Pensei: será que era outro que não a amava ou
será que ela mesma não Se Amava?
O Amor alcança lugares que a nossa consciência
não conhece.
Fernando Pessoa escreveu ‘Quando te vi amei-te
muito antes. Tornei a encontrar-te quando te achei’. Ele fazia muito bem essa
relação do verbo no presente e no passado. Por exemplo, é estar vendo o que já
tinha visto. É começar a amar o que já amava.
Ou pensando no campo sentimental, Ou pensando
no campo religioso, Ou pensando no campo emocional, Ou pensando no campo
físico, Ou pensando... o tempo vai variar sempre! Essa alta variabilidade faz
com que possamos inserir no humano as relações que ultrapassam nossas formas de
olhar as coisas. Mas cuidado, fala-se muito em não saber como amar. O difícil é
se deixar amar.
As pessoas têm sempre relações conflitivas. Ao
se relacionarem, as pessoas precisam decidir e optar por caminhos que as levam
a perceberem a si mesmas e às façam se relacionarem com as outras pessoas e com
o mundo. Estas sensações são individuais valendo, de maneira única, para cada
pessoa.
Os conflitos são necessários para a realização
de cada pessoa. São modos de questionamento do ambiente que exigem soluções e
adaptações.
É importante ter presente que conflitos existem
como modo de ser de cada um e são necessários para a realização de cada pessoa.
Podemos classificar os conflitos da seguinte forma:
- Conflitos Interiores: este tipo de conflitos caracteriza todas as dificuldades
e angústias que uma pessoa tem consigo mesma. São provenientes de inseguranças
e medos pessoais que devem ser trabalhados em níveis psicológicos.
- Conflitos Pessoa – Pessoa: este tipo de conflitos é bilateral entre duas
pessoas. Restringe-se a uma relação de exposição, análise e conclusão de
argumentações dos dois lados, prevalecendo uma das duas em detrimento da outra
ou uma síntese das duas.
- Conflitos Pessoa – Grupos: este tipo de conflitos é ideológico e envolve uma
pessoa que não concorda com as ideias de um grupo. A tendência é de que esta
pessoa seja afastada do grupo.
Esses conflitos podem levar a resultados
positivos ou negativos para as pessoas. Isto depende da solução que cada pessoa
vai decidir. Alguns desses elementos e de suas prováveis direções:
Decisões usando o Poder
Direção Negativa
Decisões usando a
Autoridade
Decisões usando o Debate
Direção Positiva
Decisões usando o
Conhecimento de causa
O Amor é sempre transformador e exige atitudes
concretas. Por isso, a obra do Amor não pode ser isolada, e sim coletiva e de
construção.
Hoje se percebe a força transformadora do Amor
no coração das pessoas. Vivemos em um mundo individualizado, onde se anestesia
os contatos comunitários. A competição exclui a possibilidade de
relacionamentos fraternos, pois as pessoas não se veem como amigos e sim como
concorrentes. O
Amor só tem sentido no relacionamento com o outro. Não existe
Amor individual.
Existe uma grande tendência a construirmos o
tipo de Amor que nos convém. Isso não é Amor, é realização de nossos anseios
pessoais. Deve-se ter cuidado para Amar com Amor e não com a conveniência da
pessoa.
Paulo escreveu bem quando disse que primeiro
vem o Amor e depois as outras coisas.....e mesmo que não venham as outras
coisas.....o Amor é suficiente.
O Amor nos leva aos encontros e aos conflitos,
que nos levam a uma sociedade mais justa e mais fraterna. Não é fácil Amar, e
ainda se torna mais difícil Amar o diferente, aquele que está em conflito
conosco. Este é o grande desafio do Amor. A lógica humana apresenta a lei ‘do
olho por olho, do dente por dente’. Ao receber um tapa, dê a outra face!
São lógicas diferentes, onde esta lógica é a
grande novidade transformadora. Não incentiva a violência e Ama o seu próximo a
ponto de dar a sua própria vida pelo outro.
O Amor aparece no meio dos conflitos e deve
resolver esses conflitos com e pelo Amor. Quem Ama pode admitir estar com as
suas ideias erradas. Quem Ama respeita o pensar e o agir do outro. Quem Ama é
agente da presença de Deus na história humana.
Rodrigo
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